sábado, abril 28, 2007

Namorar

Namorar é mais do que beijar. Muito mais. Muito mais difícil também.
Namorar não é para qualquer um nem muito menos para todos.
Ficar? Beijar? Estou falando de relacionamento. Quesitos simples como esses não entrarão na discussão.
Namorar é um beijo corrente e correto. É comprometimento.
É saber ceder, saber entender, saber compreender, saber perdoar.
É fazer planos a dois, sonhar a dois, rir a dois, chorar a dois.
Namorar vai muito além de sair para festinhas ou cinemas juntos.
Requer conversa, diálogo, acordos.
Namoro requer casa dos pais, envolvimento da família, refeições juntos.
Namoro requer paciência, mútuo ensinamento.
Telefonemas de madrugada, surpresas divertidas e originais.
Ter com quem ir ao cinema ou tomar sorvete ou ir à praia nas segundas à noite, quartas à tarde, sextas pela manhã.
Namoro que é namoro não tem horário programado pro final de semana.
Namoro não tem folga durante a semana.
Pode-se namorar sem necessariamente “pregar” um no outro.
Vai muito mais além.
Porque namoro é carinho, atenção, cuidado. Não existe horário estipulado.
É com quem se quer estar junto para nada e para tudo.
É poder se abrir sem medo, vergonha ou julgamentos.
Namorar é uma espécie de preparação para um envolvimento maior e mais sério.
Requer orgulho zero e muito amor próprio. Mas também necessita de esforços de ambos os lados.
“Relacionamentos” baseados em telefonemas corriqueiros durante a semana, saídas para cinemas, festas e lanchinhos, desculpe-me a franqueza mas o namoro passou longe juntamente com a estrela cadente.
Chrystiane Guedes

quarta-feira, abril 25, 2007

Homenagem (pequena homenagem)


"Depois de te respirar em cada pausa
E te sentir em cada vento
E te encontrar em cada fuga.
Depois de te ouvir em noites surdas,
De te pedir em preces mudas,
De te inventar em sonhos lúdicos.
Depois de te matar serialmente
E te enterrar em meu cansaço,
Ver-te crescer em meu jardim.
Depois de espirrar tuas lembranças,
De adoecer em tuas feições,
De me curar entre teus lábios.
Depois de te abrigar em meus poréns,
De te esconder em minhas vírgulas,
De te espalhar em reticência.
Depois de te camuflar em minha rotina,
E te guardar em meus anseios,
Desenhar-te em meu futuro.
Depois de te julgar em minhas dores
E te condenar perpetuamente
E te prender em minha história.
Depois de te chamar em cada grito,
De enganar os meus sentidos,
De abrir mão dos meus caprichos.
Depois de uma década (ou mais)
Sem te saber ou te olhar e, todavia,
Conhecer-te ainda além.
E já depois de te amar tanto (tanto, tanto),
Cá estamos - tu e eu -
A dois passos de nos atirarmos
No mesmo abismo de nós dois."
Déa
Obs.: Homenagem ao amor que me fez crescer como pessoa e profissional. Ao amor, ao amor, VERDADEIRO amor...